quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ALDO BARRETO

 
Colégio Estadual José Aldo Barreto

Quem viveu em Ribeirópolis entre os anos de 1969 e 1996, com certeza conheceu o nome do educador ribeiropolitano José Aldo Barreto, ele esteve à frente do então Colégio Cenecista João XXIII.

E muitos dos educadores atuais ou trabalharam com ele ou foram alunos dele; foram três décadas em que ele esteve à frente de uma das principais instituições de ensino de Ribeirópolis e o seu nome às vezes ficava acima da instituição por ele dirigida, quantas vezes a população ribeiropolitana não chamou o cenecista de colégio de Zé Aldo? Era o verdadeiro mito da criatura que se funde ao seu criador; Quantos desfiles de sete de setembro não foram conduzidos por ele, e eram desfiles que a população se amontoava nas calçadas para ver o cenecista João XXIII, com sua banda e seu lema positivista (ONTEM, HOJE, SEMPRE BRASIL) tendo a frente o seu grande comandante Zé Aldo.


Esses foram tempos memoráveis, de uma Riberópolis que esta na lembrança de muitos cidadãos, educadores ou não; de uma instituição e seu comandante que escreveram uma importante página na história dessa cidade. Durante três décadas, o velho cenecista prestou uma grande contribuição à sociedade ribeiropolitana, e grandes nomes saíram de suas fileiras para o mundo. Com certeza poderíamos descrever páginas inteiras de artigos, e mesmo assim, não seria possível enumerar nem uma pequena parte da importância dessa importante instituição e de seu grande comandante.
Mas porque enaltecer tanto esse nome que a sociedade inteira já conhece? Por que precisamos fazer a defesa de alguém cujos feitos já falam por si? Defende-se tanto o nome de José Aldo Barreto, não é sem um objetivo aparente; e todo esse entusiasmo deve-se ao fato de que desde o resgate dos desfiles cívicos, ocorrido em 2008, por ocasião dos quarenta anos do João XXIII, que o nome de Zé Aldo voltou a ser enfatizado, e o desfile alem de encantar toda a sociedade, falou por si próprio. Nessa época, Zé Aldo ainda estava no nosso convívio e devido ao seu estado de saúde não pode desfrutar de uma justa homenagem que a instituição havia lhe preparado na véspera do desfile. Mas o desfile ocorreu, e todos perceberam que ali não era uma simples comemoração, e sim um resgate histórico dos grandes eventos que marcaram toda uma geração.
Pois bem, se um resgate havia sido feito, faltava ainda algo que não estava completo, e o ano de 2009 estampou ainda mais a lacuna que já existia, o desfile cívico de setembro desse ano estava um tanto quanto pesaroso e vazio, e o discurso da professora Rosângela Santana acende uma faísca que pode amenizar a lacuna mencionada, por que o nome de José Aldo Barreto não poderia estar frente da instituição que era a sua cara? Por que o nome desse grande educador em uma justa homenagem não poderia substituir o nome atual? Confesso que mesmo de longe me emocionei com essa possibilidade, pois dessa maneira acabaria a lacuna que o ano de 2009 nos legou, e como diz o título desse artigo, todos perceberiam que seria apenas inserida a palavra estadual, pois o resto à população já pronunciava desde os anos 70 do século XX.
Portanto, essa é a minha defesa para que o nome de José Aldo Barreto seja de fato e de direito o nome da instituição que ele tanto se dedicou, e a geração de 68 estaria outra vez fazendo história, o velho prédio da Rua Carlos Firpo, hoje transformado em modernas instalações, pode não existir mais, porem, o novo estaria resgatando o antigo, e a sociedade ribeiropolitana estaria promovendo um resgate não mais de eventos e sim de um nome que dedicou sua vida a educação de uma geração inteira na mesma instituição que agora poderá estampar o seu nome.

João Bosco Santos
Profº de História Do Colégio Estadual "João XXIII" e do Colégio Municipal Leniza Menezes de Jesus.

2 comentários:

  1. Concordo com a idéia da mudança do nome do Colégio João XXIII para José Aldo Barreto. Temos que valorizar quem tanto trabalhou para o progresso de nossa terra e principalmente quem trabalhou quase trinta anos admnistrando aquela instituição.

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  2. E pensar que tentaram acabar com o querido ABDIAS nos anos 2003 e 2004, fechando turmas!
    Você é testemunha desse fatídico acontecimento.
    Mas o Abdias é igual a FÊNIX... GRAÇAS AOS BRAVOS PROFESSORES QUE RESISTIRAM.

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