terça-feira, 27 de abril de 2010

“CARREGADORAS DE SONHOS", UMA HISTÓRIA PARA QUEM TEM ESPERANÇA


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) exibiu ontem, em Brasília, o filme "Carregadoras de Sonhos". Trata-se de um longa-metragem, dirigido pelo baiano Deivisson Fiúza, que narra o dia a dia de quatro professoras da rede pública de ensino de Sergipe. A primeira exibição na capital federal aconteceu no auditório do Ministério da Educação (MEC).

“Este é um filme que mostra histórias reais. São quatro professoras. Elas existem, não são atrizes. O filme aborda as dificuldades que elas enfrentam para chegar no local de trabalho e, estando lá, as dificuldades enfrentadas para exercer o papel de educadoras”, afirmou o presidente do Sintese, Joel Almeida. Além desses assuntos, o filme também trata de questões como a saúde do trabalhador, o problema da dupla ou tripla jornada e as más condições de trabalho.

Após assistir o filme, o secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Denílson Bento da Costa, disse que é necessário que os governantes do país prestem mais atenção às questões da Educação no Brasil. Em breve, o filme será legendado para ser exibido no exterior. Denílson da Costa acredita que esta é uma possibilidade de mostrar para o Brasil e para o mundo a situação dos professores brasileiros.

No entanto, apesar das dificuldades retratadas, o "Carregadoras de Sonhos" traz uma mensagem de esperança. “Apesar dos baixos salários, das dificuldades de se chegar nas escolas e de todos os demais problemas, os professores ainda carregam um sonho de ver esse cenário se alterar, de ver essa realidade modificada. Portanto, o ‘Carregadora de Sonhos’ tem esse objetivo de mostrar as dificuldades das carregadoras (as professoras), mas também mostra que elas têm o sonho de um dia chegar a ter uma escola pública melhor”, disse o presidente do Sintese.

Fonte: CNTE

domingo, 25 de abril de 2010

JOSÉ SERRA DEFENDE O FIM DO MERCOSUL E A SUBSERVIÊNCIA AOS ESTADOS UNIDOS.


SERRA DIZ QUE MERCOSUL É UMA FARSA


El ex gobernador José Serra y ahora candidato presidencial por el Partido Socialdemócrata de Brasil no quiere la continuidad del Mercosur tal como es ahora porque, según definió en una reunión con una parte de la elite empresarial brasileña, el bloque "es un obstáculo para que Brasil haga sus propios acuerdos individuales en comercio". El político opositor que lleva por ahora la delantera en las encuestas (34% frente a 30% de Dilma Rousseff) sostuvo que "cargar con el Mercosur no tiene sentido". Subrayó que "la unión aduanera (o sea el Mercado Común) es una farsa excepto cuando sirve para poner barreras" a Brasil.

Serra confirmó de este modo que mantiene sus antiguas ideas, ya expresadas en la campaña presidencial de 2002 cuando compitió con el presidente Lula da Silva. La visión del candidato opositor, que va al frente de una coalición con el partido Demócrata (ex conservador PFL) y el socialista PPS (ex Partido Comunista en su momento pro soviético), supone que Brasil debe despegar de Argentina, Paraguay y Uruguay, porque es la única manera de que su país pueda consagrar áreas de libre comercio sea con Estados Unidos o con Europa sin necesidad de "arrastrar" a sus socios. Una resolución del Mercosur estableció que ninguno de los países del bloque puede realizar acuerdos comerciales por separado. Por el momento rige el criterio de "o todos juntos, o ninguno".

Para dar un ejemplo, el ex gobernador recordó episodios de cuando era ministro de Salud del gobierno de Fernando Henrique Cardoso. Dijo que entonces él no pudo concretar un convenio comercial entre Brasil e India porque hubiera requerido "compensaciones" para los otros tres miembros del bloque. Fue entonces que enfatizó: "Cargar con este Mercosur no tiene sentido".

El grupo empresarial que lo escuchó fue convocado por la Federación de Industrias de Minas Gerais (FIEMG). Hace poco más de una semana pasó por el mismo ámbito la ex ministra Dilma Rousseff, candidata de Lula da Silva. Serra insistió que bajo un eventual gobierno suyo, lo más importante será aumentar las exportaciones. Lo cierto es que esta fue una conquista conseguida por Lula da Silva: desde que inició su gobierno, el 1º de enero de 2003, el presidente que dejará el cargo a fin de año consiguió pasar de 50.000 millones de ventas al exterior a los 250 mil millones de la actualidad. O sea que quintuplicó la presencia brasileña en los mercados mundiales.

No obstante los números, Serra prometió una reformulación radical de la estrategia comercial brasileña. "En relación a la cuestión externa, nosotros tenemos muchas reservas. Pensamos que nos tenemos que anticipar a los acontecimientos". Ocurre que en verdad si quiere cambiar al Mercosur para adecuarlo a sus intereses, Serra verá cómo derrapan el grueso de las exportaciones industriales del país que tiene como destinatarios a los países de América Latina. Según estadísticas oficiales, 90% de las ventas de productos manufacturas de Brasil en el mundo se realizan en el Mercosur y mercados latinoamericanos.

El candidato socialdemócrata evitó decir esta vez cómo piensa reformular la posición de Brasil. Pero ignora que no es simple pasar, como él pretende, de un mercado común definido por una unión aduanera a una simple zona de libre comercio como la que existe en el NAFTA. Puede desde luego conquistar el desprestigio regional, además de someterse a severas puniciones por cuenta de la ruptura de contratos internacionales.

Por Eleonora Gosman

Fonte: Clarín.com (Buenos Aires-Argentina)

sábado, 24 de abril de 2010

OS FILHOTES DA DITADURA



A TV Globo surgiu no auge da ditadura militar, quando assinou um acordo com a Time-Life para instaurar seu canal de televisão no Brasil, que rapidamente se tornou o órgão oficial da ditadura militar. Gozando do monopólio de fato e das graças do regime mais brutal que o país conheceu, fundado no terrorismo de Estado, conquistou a audiência que lhe permitiu consolidar-se economicamente.

Terminada a ditadura – contra as resistências da própria Globo -, a empresa foi pega em flagrante no caso da Proconsult, tentando fraudar a vitória de Brizola nas eleições para governador, em 1982, assim como tentou desconhecer a campanha das diretas e aquela pela derrubada do Collor (seu candidato). Revelava como não tinha mudado desde os tempos da ditadura.

Nascida das entranhas da ditadura militar, apoiada em um acordo com uma empresa emblemática do império estadunidense, o jornal principal da empresa, O Globo, não poderia ser outra coisa, senão o que é: um órgão sem nenhuma credibilidade. “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo” – persegue a todos os funcionários da empresa da família Marinho. A morte do patriarca – amigo íntimo e sócio de ACM, como herança dos tempos da ditadura – tornou ainda mais grotesca a empresa, porque nenhum dos filhos revela qualquer capacidade para dirigir a empresa do pai, acelerando seu mergulho na decadência, sem nunca ter conseguido superar a falta de credibilidade. Um jornal que tem em Ali Kamel, Merval Pereira e Miriam Leitão como seus principais expoentes, não poderia mesmo nunca conquistar credibilidade alguma.

O que a empresa conseguiu foi comprar uma série de artistas, que conseguiram espaço para repetir o que os donos da empresa desejam, sem nenhuma credibilidade. Um ex-diretor de cinema tentou retomar o caminho de Paulo Francis, foi para a sede da Time-Life, mas fracassou estrepitosamente, refugiando-se na amargura de lamentar que o Brasil saiu das mãos dos seus patrões para cair nas de um retirante nordestino.

Outros funcionam como penosos escribas preenchendo lamentavelmente as páginas do jornal e os espaços da televisão, para tentar ser os lacerdistas – os corvos – de hoje. Um ex-jornalista, em fim de carreira, também se tornou assalariado dos Marinhos, que lhe dão espaço para atacar a esquerda, defendendo o ponto de vista da empresa favorita da ditadura, agora querendo posar de democrática.

E o que mais agrada os patrões do que atacar o MST, Cuba, Venezuela, Lula, a esquerda? E defender a empresa, em situação econômica periclitante, atacando a generalização da banda larga para todo o país? Ainda mais alguém especialmente desqualificado para falar de um tema tão importante para a inclusão tecnológica, a superação das desigualdades sociais e para a democratização da formação da opinião pública. Mal pode disfarçar, com agressões grosseiras, o nervosismo que medidas como essa provocam na empresa da família Marinho.

Triste fim de gente que termina suas carreiras como ventríloquos dos descendentes da família Marinho, como filhotes da ditadura, que ainda não sabem que “o povo não é bobo”, povo que sabe que “Globo e ditadura, tudo a ver”. É o desespero de continuar sem conseguir eleger seus candidatos, nem na cidade do Rio de Janeiro, nem no Estado do Rio de Janeiro, nem no Brasil, revelando como estão na contramão do povo do Rio e do povo do Brasil.

Fonte: Blog do Emir

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dep. Federal Iran Barbosa (PT-SE) solicitou computadores para todos os professores.


O deputado Iran Barbosa quer que todos os professores sejam atendidos pelo programa que promove a inclusão digital entre os profissionais do magistério da rede estadual de ensino, o Proid. Para isto, encaminhou ofício ao governador Marcelo Déda.

No ofício, Iran solicita que o Estado inclua no programa todos os educadores, conforme já acertado com o governador. O deputado pede que sejam tomadas providências, o mais rápido possível, no sentido de atender aos dispositivos da Lei 5.694/2005, que instituiu o programa.

Iran lembrou, no ofício, que o decreto, assinado pelo ex-governador João Alves Filho (DEM), que regulamentou a lei, excluiu os professores que à época estavam em estágio probatório.

"Sabedor que sou do compromisso de Vossa Excelência com as questões que envolvem a melhoria da qualidade da educação pública e as condições de trabalho dos educadores do povo de Sergipe é que apresento essa importante demanda", afirmou Iran, no ofício.

Em outro trecho do ofício, o deputado diz que "atender a todos os professores é fazer justiça e garantir tratamento igualitário".

O não cumprimento de todos os dispositivos da lei levou os professores da rede estadual a realizarem, no último dia 7/4, um apitaço nos corredores da Secretaria de Estado da Educação.

Após a manifestação, membros da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial de Ensino de Sergipe (Sintese) e educadores foram recebidos pelo secretário de Estado da Educação, José Fernandes Lima.

Fonte: www.iranbarbosa.com.br

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Globo suspende clip em favor de SERRA



Em menos de 24h após o início da campanha a TV Globo tirou do ar o jingle da comemoração dos 45 anos da emissora, veiculado desde ontem à noite. A página da emissora que mostrava a propaganda também saiu do ar. Quem clica nela recebe a seguinte informação: página não encontrada.
A medida acontece logo depois de integrantes da pré-campanha da petista Dilma Rousseff criticaram a propaganda.
Na avaliação de Marcelo Branco, um dos responsáveis pela campanha de Dilma na internet, o jingle embute, de forma disfarçada, propaganda favorável ao tucano José Serra.
“Eu e toda a rede [vimos essa alusão]“, escreveu Branco no Twitter em resposta ao comentário de que estaria enxergando na peça mensagem subliminar de apoio ao tucano.
De acordo com Branco, que corrobora tese difundida em sites de apoio ao PT, a mensagem estaria embutida no “45″, o número do PSDB, e em frases do jingle como “todos queremos mais”, o que seria, de acordo com os petistas, referência ao slogan “o Brasil pode mais” dito por Serra no lançamento de sua pré-candidatura.
Em seu blog, o secretário de Comunicação do PT, André Vargas, escreve: “Denúncia: Lema de Serra “inspira” jingle da Rede Globo
No jingle aparecem atores, jornalistas e apresentadores da emissora comemorando os 45 anos da TV, que serão completados na próxima segunda feira.
Em determinado trecho da peça, os atores falam: “Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais.”

Fonte: Blogs Conversa Afiada e Vi o mundo

Lema de Serra "inspira" vídeo comemorativo da Rede Globo



Vídeo comemorativo dos 45 anos da empresa buscou inspiração no mote da campanha do candidato tucano José Serra, "O Brasil Pode Mais". Durante 30 segundos, artistas e jornalistas da Globo repetem variações sobre esse tema. Para jornalista Paulo Henrique Amorim, "deve ter sido uma retribuição ao agasalhamento do terreno que a Globo invadiu por 11 anos e o Serra transformou numa escola técnica para formar profissionais para a Globo".

O vídeo comemorativo dos 45 anos da Rede Globo que foi ao ar na noite deste domingo buscou inspiração no mote inicial da campanha do candidato tucano José Serra, “O Brasil Pode Mais”. Durante 30 segundos, artistas e jornalistas da Globo repetem sucessivamente os bordões: “Todos queremos mais”, “Brasil muito mais”, “Saúde, Educação, queremos muito mais”, “É por você que a gente faz sempre mais”. Outra referência direta à campanha de Serra é o 45, número do PSDB nas votações. Veja o vídeo e tire suas conclusões.





Fonte: www.cartamaior.com.br  / Blog Conversa Afiada

sábado, 17 de abril de 2010

VOX POPULI E SENSUS REAGEM À LINHA EDITORIAL DA FOLHA DE SÃO PAULO

Textos publicados nas últimas semanas pelo jornal Folha de São Paulo, com o aparente objetivo de desacreditar os resultados das pesquisas eleitorais dos concorrentes do Datafolha e valorizar os apurados pelo instituto do Grupo Folha, produziram uma crise entre as quatro maiores empresas de pesquisa do país.
E despertaram, terça-feira e ontem, vigorosa reação dos presidentes do Vox Populi e do Sensus apoiada por integrantes do conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP).
Na terça-feira, o Vox Populi e o Sensus protestaram durante reunião da ABEP. Ontem, o diretor-presidente do Vox Populi, Francisco Meira, repetiu seu protesto a Brasília Confidencial.
“As discussões (sobre os resultados das pesquisas) deveriam manter um nível técnico, sobre as diferenças metodológicas. Infelizmente, a Folha optou por uma abordagem tendenciosa e sem argumentos consistentes. Questionável é a linha editorial da Folha de São Paulo”, atacou Francisco Meira. E continuou: “A diferença entre nós é a existência de um grande veículo de comunicação que se dispõe, talvez por solidariedade aos colegas do departamento de pesquisa, a praticar um jornalismo de má qualidade, atacando sistematicamente empresas que divulgam resultados diferentes dos que lhe interessam”.
Inversões da Folha
A origem da crise está no comportamento que a Folha de São Paulo passou a adotar logo depois que publicou pesquisa do Datafolha em que, diferentemente de todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas neste ano, os resultados apontaram o crescimento do pré-candidato do PSDB, José Serra, e estagnação da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Ao contrário também de uma tendência que o próprio Datafolha identificara um mês antes, de crescimento de Dilma e queda ou estagnação de Serra, os resultados publicados pelo instituto em 27 de março, duas semanas antes do lançamento da pré-candidatura tucana, apontaram outro cenário.
Embora o Vox Populi e o Sensus não tenham levantado suspeita sobre esses resultados apurados pelo Datafolha e exibidos pela Folha, o jornal começou a questionar o trabalho dos concorrentes, cujos resultados, em resumo, não favoreceram a candidatura tucana (veja no quadro). Eles apontaram, no fim de março e no início de abril, a continuidade do crescimento da candidatura petista e empate entre Serra e Dilma.

“Fora de contexto”

A Folha de São Paulo publicou notas insinuando que a ordem das perguntas utilizada pelo Vox Populi poderia interferir no resultado das pesquisas.
“A Renata Loprete, a Mônica Bergamo e o Fernando Rodrigues receberam uma nota de esclarecimento. Demoraram cinco dias para publicar nossa posição. Quando o fizeram, foi fora de contexto, passando ao leitor a impressão de que nossa resposta se referia a outras acusações”, afirmou terça-feira e reafirmou ontem o diretor-presidente do Vox Populi.
Poucos dias antes da divulgação da mais recente pesquisa do instituto Sensus, que mostra diferença inferior a meio ponto percentual entre Serra e Dilma, a Folha de São Paulo se voltou contra o outro concorrente do Datafolha. O jornal tentou desqualificar o trabalho do Sensus, antes mesmo de que os resultados fossem divulgados, explorando uma troca no nome do contratante da pesquisa.
“A Folha pinçou esse fato e transformou em uma matéria de primeira página que não diz absolutamente nada”, reclamou Ricardo Guedes, diretor do Sensus, na reunião com o conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa.
O presidente da ABEP, Waldir Pile, que intermediou o debate entre os presidentes dos institutos, disse que a associação não impõe normas de conduta aos filiados. Mas frisou que, certamente, a melhor forma para discutir eventuais discordâncias de metodologia “não é através de notas na imprensa”.

As diferença incomôdas

Instituto Datafolha (25/26 de março) >> Candidatos Serra 36% x Dilma 27%


Vox Populi (30/31 de março) >> Serra 34% x Dilma 31%
Sensus (5 a 9 de abril) >> Serra 32,7% x Dilma 32,4%

Fonte: Blog  vi o mundo

A FOLHA DE SÃO PAULO MENTE DESESPERADAMENTE.

As elites de um país, por definição, consideram que representam os interesses gerais do mesmo. A imprensa, com muito mais razão, porque está selecionando o que considera essencial para fazer passar aos leitores, porque opina diariamente em editoriais – e em matérias editorializadas, que não separam informação de opinião, cada vez mais constantes – sobre temas do país e do mundo.
A FSP, como exemplo típico da elite paulistana, é um jornal que passou a MENTIR abertamente, em particular desde o começo do governo Lula. Tendo se casado com o governo FHC – expressão mais acabada da elite paulistana -, a empresa viveu mal o seu fracasso e a vitória de Lula. Jogou-se inteiramente na operação “mensalão”, desatada por uma entrevista de uma jornalista tucana do jornal, que eles consideravam a causa mortis do governo Lula, da mesma forma que Carlos Lacerda,na Tribuna da Imprensa, se considerava o responsável pela queda do Getúlio.
Só que a história se repetiria como farsa. Conta-se que, numa reunião do comitê de redação da empresa, Otavio Frias Filho – herdeiro da empresa dirigida pelo pai -, assim que Lula ganhou de novo em 2006, dava voltas, histérico, em torno da mesa, gritando “Onde é que nós erramos, onde é que nós erramos”, quando o candidato apoiado pela empresa, Alckmin, foi derrotado.
O jornal entrou, ao longo da década atual, numa profunda crise de identidade, forjada na década anterior, quando FHC apareceu como o representante mor da direita brasileira, foi se isolando e terminou penosamente como o político mais rejeitado do país, substituído pelo sucesso de Lula. Um presidente nordestino, proveniente dos imigrantes, discriminados em São Paulo, apesar de construir grande parte da riqueza do estado de que se apropria a burguesia. Derrotou àquele que, junto com FHC, é o político mais ligado à empresa – Serra -, que sempre que está sem mandato reassume sua coluna no jornal, fala regularmente com a direção da empresa, aponta jornalistas para cargos de direção – como a bem cheirosa jornalista brasiliense, entre outros – e exige que mandem embora outros, que ele considera que não atuam com todo o empenho a seu favor.
O desespero se apoderou da direção do jornal quando constatou não apenas que Lula sobrevivia à crise manipulada pelo jornal, como saía mais forte e se consolidava como o mais importante estadista brasileiro das últimas décadas, relegando a FHC a um lugar de mandatário fracassado. O jornal perdeu o rumo e passou a atuar de forma cada vez mais partidária, perdendo credibilidade e tiragem ano a ano, até chegar à assunção, por parte de uma executiva da empresa, de que são um partido, confissão que não requer comprovações posteriores. Os empregados do jornal, incluídos todos os jornalistas, ficam assim catalogados como militantes de um partido (tucano, óbvio) político, perdendo a eventual inocência que podiam ainda ter. Cada edição do jornal, cada coluna, cada notícia, cada pesquisa cada editorial, ganharam um sentido novo: orientação política para a (debilitada, conforme confissão da executiva) oposição.
Assim, o jornal menos ainda poderia dizer a verdade. Já nunca confessou a verdade sobre a conclamação aberta à ditadura e o apoio ao golpe militar em 1964 – o regime mais antidemocrático que o país já teve -, do que nunca fez uma autocrítica. Menos ainda da empresa ter emprestado seus carros para operações dos órgãos repressivos do regime de terror que a ditadura tinha imposto, para atuar contra opositores. Foi assim acumulando um passado nebuloso, a que acrescentou um presente vergonhoso.
Episódios como o da “ditabranda”, da ficha falsa da Dilma, da acusação de que o governo teria “matado” (sic) os passageiros do avião da TAM, o vergonhoso artigo de mais um ex-esquerdista que o jornal se utiliza contra a esquerda, com baixezas típicas de um renegado, contra o Lula, a manipulação de pesquisas, o silêncio sobre pesquisas que contrariam as suas (os leitores não conhecem até hoje, a pesquisa da Vox Populi, que contraria a da FSP que, como disse um colunista da própria empresa, era o oxigênio que o candidato do jornal precisava, caso contrário o lançamento da sua candidatura seria “um funeral” (sic). Tudo mostra o rabo preso do jornal com as elites decadentes do país, com o epicentro em São Paulo, que lutam desesperadamente para tentar reaver a apropriação do governo e do Estado brasileiros.
Esse desespero e as mentiras do jornal são tanto maiores, quanto mais se aprofunda a diminuição de tiragem e a crise econômica do jornal, que precisa de um presidente que tenha laços carnais com a empresa e teria dificuldades para obter apoios de um governo cuja candidata é a atacada frontalmente todos os dias pelo jornal.
Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE. Mentirá no fim de semana com nova pesquisa, em que tratará de rebater, com cifras manipuladas – por exemplo, como sempre faz, dando um peso desproporcional a São Paulo em relação aos outros estados -, a irresistível ascensão de Dilma, que tratará de esconder até onde possa e demonstrar que o pífio lançamento de Serra o teria catapultado às alturas. Ou bastaria manter a seu candidato na frente, para fortalecer as posições do partido que dirigem.
Mas quem acredita na isenção de uma pesquisa da Databranda, depois de tudo o que jornal fez, faz e fará, disse, diz e dirá, como partido assumido de oposição? Ninguem mais crê na empresa da família Frias, só mesmo os jornalistas-militantes que vivem dos seus salários e os membros da oposição, com a água pelo pescoço, tentando passar a idéia de que ainda poderiam ganhar a eleição.
Alertemos a todos, sobre essa próxima e as próximas mentiras da Folha, partido da oposição, partido das elites paulistas, partido da reação conservadora que quer voltar ao poder no Brasil, para mantê-lo como um país injusto, desigual, que exclui à maioria da sua população e foi governado para um terço e não para os 190 milhoes de habitante.
Por isso a FOLHA MENTE, MENTE, MENTE, DESESPERADAMENTE.

Texto do Profº Emir Sader
Fonte: Blog do Emir

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Professores buscam apoio da ALESE para implementação da Gestão Democrática.


Os professores da rede estadual da capital e interior ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa na manhã desta quarta-feira. O magistério paralisou a atividade em defesa da implantação Gestão Democrática nas escolas da rede estadual de ensino.
Na oportunidade o SINTESE entregou a todos os deputados ofício solicitando um espaço na Comissão Temática e Educação para discutir a proposta de regulamentação da Gestão Democrática. “Como é sabido, a questão da Gestão Democrática se arrasta há alguns anos, já tendo sido esgotada a discussão no âmbito do atual Governo.  Apesar desta entidade sindical ter solicitado, de forma renitente, o encaminhamento do Projeto de Lei pertinente ao Legislativo Estadual, o Chefe do Poder Executivo, até o momento, não priorizou o atendimento de tal solicitação”, explica o documento.
“A Gestão Democrática é uma reivindicação de mais de dez anos dos professores da rede estadual e por certo a sua implementação será um marco memorável na área Educacional de Sergipe”, disse o presidente do SINTESE, Joel Almeida.
A deputada Ana Lúcia utilizou a tribuna e ressaltou a luta dos professores pela implantação da Gestão Democrática. “A escola precisa conquistar esse a Gestão Democrática. Pois alunos, funcionários, professores e comunidade escolar precisam das plenárias escolares, assembleias escolares, eleição para diretor como exercício para a democracia”, disse a deputada.
O deputado estadual professor Wanderlê Correia, garantiu aos professores que nesta quinta-feira (15) apresentará requerimento em plenário convidando o presidente do SINTESE, Joel Almeida para participar de um debate na Comissão de Educação para discutir a Gestão Democrática.
O sindicato aproveitou a ocasião e pediu apoio dos parlamentares estaduais para o atendimento dos demais pontos da pauta de reivindicação de 2010, que são:
•    Revisão das gratificações por Titulação, Função e Interiorização que estão congeladas, com o mesmo valor nominal, nos últimos dois anos (2008 -2009);
•    Gratificação por Dedicação Exclusiva seja equivalente a 70% do vencimento inicial e a regulamentação da Gratificação por Merecimento, que consta do Plano de Carreira desde que ele foi atualizado em 2001;
•    Continuidade do Programa de Inclusão Digital do Magistério (PROID), haja vista ainda há professores da rede estadual que não foram beneficiados;
•    Fim dos Centros Experimentais, já que perpetuam a política da indicação nas escolas estaduais, o que vai de encontro ao que já foi debatido entre os Professores e o Governo do Estado sobre a Gestão Democrática, isso sem contar que apenas três escolas teriam prioridades nos investimentos da SEED;
•    Regulação do número de contratos temporários na rede estadual. O sindicato entende que em algumas situações os contratos são necessários, mas não da forma que vêm acontecendo.
Fonte: www.sintese-se.com.br

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Professores da Rede Estadual de Sergipe paralisam pela Gestão Democrática neste dia 14



Os professores da rede estadual decidiram paralisar as aulas no dia 14 de abril. A data será marcada por um ato público em frente a Assembleia Legislativa e faz parte da campanha "Gestão Democrática Já" que é a grande bandeira de luta do magistério estadual em 2010. "Dia 14 de abril será o Dia de Luta pela Gestão Democrática", afirmou Joel Almeida, presidente do SINTESE.
A decisão foi tomada durante assembleia da rede estadual de professores, realizada no dia 24, de março pelo SINTESE no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
A diretora executiva do sindicato, Ângela Melo, acredita que o momento é de sensibilização dos deputados estaduais para a aprovação do projeto de gestão democrática. Para tanto, a categoria, durante ao ato do dia 14, entregará uma de carta compromisso a cada um dos deputados da casa. “É preciso que o projeto seja aprovado do jeito que foi consensuado entre governo e sindicato na comissão paritária formada no início das negociações”, enfatiza.
Além das eleições
A efetivação do projeto de gestão democrática nas escolas públicas é passo crucial para a participação mais construtiva de todos que dela fazem parte. Está previsto no texto conselho (com cadeiras para professores, pais e estudantes), plenárias e congresso – mecanismos necessários para a consolidação da democracia no ambiente escolar. Quando questionada sobre indicações ao cargo de direção de unidades de ensino, Ângela pondera: “a eleição para cargos na escola é o último ponto, o projeto vai além dessa questão”.

Fonte: www.sintese-se.com.br

domingo, 11 de abril de 2010

PROJETO DE IRAN BARBOSA (PT-SE) BENEFICIA PROFESSORES DE TODO BRASIL

A Comissão de Educação e Cultura (CEC) aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira (7/3), o projeto de lei 6.209/2009, de autoria do deputado Iran Barbosa que garante aos profissionais da educação básica (professores, pedagogos e trabalhadores com curso técnico ou superior em área pedagógica) o direito a pagar a meia-entrada em estabelecimentos culturais e de lazer.

O projeto recebeu parecer favorável do relator da proposta na CEC, deputado federal Professor Sétimo (PMDB-MA).

"Conceder a meia-entrada aos profissionais da educação é o reconhecimento por parte dessa Comissão de que eles têm um importante papel na construção de uma educação de qualidade que todos almejamos em nosso país", defendeu o relator.

O PL segue agora para apreciação dos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).
"O nosso projeto tem o objetivo de contribuir para que a tão propagada busca da qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas conte com mais um mecanismo que agregue excelência na formação continuada dos profissionais que têm por responsabilidade formar o nosso povo para o exercício da cidadania", justificou Iran.

Segundo o deputado, a formação acadêmica não dispensa o professor do contato frequente e continuado com os bens culturais, como o cinema, o teatro e a música.

"Os índices de exclusão cultural no Brasil são alarmantes e é preciso dotar o nosso País de políticas que incentivem e permitam o acesso dos profissionais da educação a esses bens", disse Iran Barbosa.

O projeto determina que a meia-entrada será garantida aos profissionais da educação no efetivo exercício da profissão. Para comprovar esta condição, o trabalhador deverá apresentar carteira de identidade e contracheque.

Penalidades
- O PL do deputado Iran Barbosa prevê penalidades para quem negar a meia-entrada aos profissionais da educação.

As penas são: advertência, multa de R$ 1 mil, suspensão do alvará de funcionamento por seis meses, impossibilidade temporária ou definitiva de contratar com o poder público, até a cassação do alvará.

Em sua proposta, o deputado prevê, ainda, que a multa será corrigida anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e poderá ser ampliada em até 10 vezes, conforme os casos de reincidência e a capacidade econômica do estabelecimento infrator.

Os recursos das multas aplicadas serão recolhidos para o Fundo Municipal de Cultura da cidade em que se verificar a infração. No caso de qualquer impedimento, ao Fundo Estadual de Cultura do Estado a que pertence o município ou ao Fundo Nacional de Cultura.


Fonte: www.iranbarbosa.com.br

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PROFESSORES DE CAMPO DO BRITO-SE EM GREVE


Após dois dias de Paralisação, onde os professores da rede municipal de Campo do Brito realizaram:

*No primeiro dia ( 08/04), a categoria realizou um ato silencioso em frente ao Fórum Martinho Garcez, o objetivo era chamar a atenção do Ministério Público. Membros da Comissão de Negociação conseguiram falar com o Juiz e o Promotor Público, justificando a ambos o ato dos professores.
*No segundo dia (09-04), foi realizada uma panfletagem na feira e nas ruas da cidade. Finalizando o ato em frente a Prefeitura, onde a Comissão procurou a assessoria da Administração para saber se já tinha uma data para a próxima audiência.A resposta infelizmente não foi satisfatória, a assessoria informou que não tinha data prevista e que na segunda- feira dia 12/04, provavelmente daria uma resposta a Comissão.
Os professores reuniram-se em assembleia mais uma vez e avaliaram os atos da Paralisação, avaliaram a situação em que se encontram e decidiram parar com suas atividades por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira dia 15 de abril.
Fonte: Blog Sintese Campo do Brito

segunda-feira, 5 de abril de 2010

EMENDA DE IRAN BARBOSA BENEFICIA RIBEIRÓPOLIS.


O Dep. Federal Iran Barbosa apresentou emenda individual à Lei Orçamentária Anual de 2010, para beneficiar o município de Ribeirópolis, no valor de 200 mil reais. O referido recurso foi direcionado ao apoio à reestruturação da rede física pública da educação básica, através da reforma de escolas do ensino fundamental.
Eleito em 2006 com o apoio de servidores públicos, dentre os quais professores, trabalhadores da iniciativa privada, além de outros seguimentos da sociedade sergipana, o professor Iran tem se destacado no Congresso Nacional com um do parlamentares mais atuantes daquela casa legislativa. Sua atuação se caracteriza por apoiar os movimentos sociais e de trabalhadores lá no parlamento e aqui em Sergipe, seja nas negociações com prefeitos municipais quanto aos problemas da educação e demais áreas sociais, bem como com o governo do estado e outros órgãos públicos da sociedade. É integrante de várias Comissões da Câmara dos Deputados Federais, entre as quais a de Educação e Cultura. Nestes mais de três anos de mandato, propôs milhões de reais em emendas dos orçamentos de 2008, 2009 e 2010 para todas as regiões do estado de Sergipe.
A professora Jussara Lima, Delegada de Base Municipal do Sintese em Ribeirópolis, irá solicitar, nas próximas reuniões da categoria, que os professores proponham sugestões para serem encaminhadas ao governo municipal de como estes recursos devam ser utilizados na reestruturação física das escolas municipais. A representante dos professores espera que a prefeita Uíta Barreto acate as sugestões dos docentes.
Segundo a assessoria do Dep. Iran Barbosa, o FNDE é o Órgão responsável pelo repasse do recurso para a prefeitura municipal e está preparando o sistema e dando orientações para que o município possa encaminhar a proposta e receber o recurso.
Fonte: Assessoria do Mandato do Dep. Federal Iran Barbosa (PT-SE)

domingo, 4 de abril de 2010

PRESIDENTE LULA DEFENDE PISO E CARREIRA DOS PROFESSORES NA CONAE



O presidente Lula anunciou que vai pessoalmente conversar com os governadores que não pagam o Piso Salarial Nacional dos profissionais de educação.  Foi durante a Conferência Nacional de Educação (Conae). Numa defesa contundente de reivindicações históricas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Lula afirmou que “o casamento entre educação de qualidade e valorização do professor  têm que ser indissolúvel”.
O presidente lamentou que alguns estados ainda não paguem o Piso e se dispôs a falar com os governadores, atendendo a uma sugestão feita pelo ministro da educação, Fernando Haddad, também durante  a Conae. 
“Terminou o tempo de tratar as professoras como normalistas ou professorinhas. Esse sonho acabou.  Os professores tiveram a profissão sucateada e mal tratada. A remuneração faz parte da qualidade da educação e eu não me conformo que um Piso de R$ 1,020,00 é bom para um educador que toma conta de nossos filhos”, lamentou o presidente.
O ministro Haddad sugeriu ao presidente que adote em relação ao Piso a mesma postura que teve com o salário mínimo e “reúna governadores, prefeitos e entidades como a CNTE para fixar metas para recompor a remuneração dos educadores”, disse Haddad.
Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o fato de o presidente Lula ter se comprometido em conversar com os governadores demonstra a importância que o Piso tem.  “O presidente reconheceu que  os professores ganham mal. Ele se dispôs a construir um processo de debate  e esse é um peso muito importante e eu espero que a gente consiga avançar  na implantação efetiva do Piso”, afirmou.
Leão destacou que ainda há uma divergência entre os valores que o governo reconhece para o Piso (R$ 1,020,00) e o defendido pela CNTE (R$1,3 mil). “Mas isso faz parte do debate. Só naõa aceitamos desvincular o Piso do Fundeb. Mas a CNTE tem sempre disposição em discutir”, disse.
O ministro Haddad lamentou que a baixa remuneração dos professores esteja afastando os jovens da carreira de magistério. “Se quisermos que a educação seja prioridade número um no país, temos que contar com o trabalhador em educação”, concluiu Haddad.

Fonte: CNTE  (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

OS PROFESSORES E A REAL FACE DE SERRA


Desta vez eu canto a bola, coleguinhas & hidrófobos demotucanos, até porque aqui, de Sampa, a porta da realidade não é a Rede Bobo, tampouco as chamadas dos jornalões Folha e Estadão, mas a realidade circundante, a cotidiana, a realidade dos fatos ao meu redor, a mais pedestre e epidérmica. Ei-la: dia 19/3, sexta-feira, tipo 15h, casualmente, desci do metrô na Avenida Paulista (esquina com Brigadeiro Luís Antonio). Metrô lotado, inclusive por professores estaduais que iam à manifestação da categoria. À saída da Estação, eles foram entusiasticamente aplaudidos pelo distinto público circunstantes (including me), aquela multidão que habitualmente se espalha pelos corredores e escadas rolantes. Pensei: algo definitivamente está mudando.

Mas existem outras portas da realidade (e da percepção) – os blogueiros do bem da web – Azenha, Eduardo Guimarães, André Lux, Miguel do Rosário, Nassif, Argemiro Ferreira de Nova York, Altamiro Borges, Paulo Henrique Amorim, Celso Lungaretti (que vez-em-quando escreve aqui) e sobretudo ultimamente os editoriais da Agência Carta Maior.

By the way, aviso aos coleguinhas & hidrófobos demotucanos: estou realmente prestando um serviço ao leitor de Congresso em Foco, pois não adianta procurar no site. Os editoriais on-line são renovados dia-a-dia, às vezes a cada doze horas (tipo celular de traficante) e não há arquivo disponível.
“Com arrocho sobre o funcionalismo que presta serviços à população-em especial, áreas da educação e saúde, cujos salários não foram sequer corrigidos pela inflação; com taxa de homicídio em alta no setor da segurança pública; com níveis de aprendizado que fazem um aluno de SP concluir o ensino médio sem ter assimilado nem mesmo o que se espera de uma criança ao final da 8º série; com a aura de gestor eficiente dissolvida nas inundações de verão deste ano em SP; com um legado político cujo símbolo maior é o desmoralizado prefeito de SP, Gilberto Kassab, Serra deixa hoje o governo do Estado para assumir oficialmente o papel de líder da oposição conservadora ao governo Lula. Uma frente de sindicatos e organizações populares saudará o bota-fora do candidato demotucano com manifestações na Av. Paulista, nesta quarta-feira.” (Carta Maior – 31/03)

“76% dos brasileiros consideram o governo Lula ótimo ou bom. Desse total, 33% declaram voto em Dilma; 32% em Serra. Detalhe: 42% do eleitorado ainda não sabe que Dilma é a candidata de Lula, embora nos levantamentos espontâneos 23% já manifestem intenção de votar na ministra, num candidato de Lula ou nele próprio. O Datafolha, naturalmente, não avalia se o eleitor sabe que Serra é o líder da oposição conservadora a Lula e ao seu governo, detalhe que o candidato demotucano procura dissimular de maneira sebosa e oportunista. Esse esclarecimento pedagógico caberá à propaganda eleitoral e ao próprio Presidente Lula.” (Carta Maior – 29/03)

“É fato que a categoria (dos professores), de 230 mil pessoas, ganha pouco e não teve nos últimos anos nem direito à reposição da inflação. Existe, pois, uma demanda material, antes de ser ‘ideológica’. A verdade é que José Serra dispensa aos grevistas exatamente o mesmo tratamento de que julga ser vítima. Demoniza, desqualifica, não reconhece os professores como interlocutores e parte de conflitos próprios do jogo democrático. Recusa-se a conversar porque são petistas, porque estão a serviço da campanha adversária. Deve ser fácil governar São Paulo tendo a Assembléia Legislativa a seus pés. Mas, sempre que a política não se desenrola entre quatro paredes, com atores previsíveis, Serra se revela inábil. Em 2008, sua condução desastrosa da greve da Polícia Civil, recusando-se ao diálogo, desembocou numa batalha campal com a PM a poucas quadras do Bandeirantes. Desde então, pode-se dizer que Serra não aprendeu nada.” (Folha pag.2 –até tu?! — sobre a greve do professorado paulista que tem assembléia hoje às 15 h em frente ao Palácio dos Bandeirantes; CartaMaior, 26/03)

“Exceto sob Vargas, São Paulo quase sempre subordinou a federação a seus interesses, o que ocorreu de forma visceral sob FHC. Isso deixa marcas de ressentimento e aprendizado. A plutocracia paulista tem hegemonia quando mandam os ‘livres mercados’ — leia-se, seus interesses hegemônicos calcificados; perde espaço quando o planejamento estatal reacomoda interesses regionais e redistribui os benefícios dos fundos públicos, como ocorre agora com o PAC. Serra, independente do que ele diz que pensa, ou do que os seus amigos pensam que ele pensa, é o representante do conservadorismo paulista que não une o Brasil; aliás não une nem o PSDB -vide Aécio. O ‘desenvolvimentismo de boca’ do governador de SP –ironia de Maria da Conceição Tavares– na verdade nunca passou de um fiscalismo engajado na defesa da hegemonia quatrocentona, contra as urgências do restante do país.” (Carta Maior e a difícil tarefa da coalizão demotucana de transformar um cavalo de tróia da plutocracia paulista em presidente de todos os brasileiros, 15/03)

Ouvi no rádio que os professores, através do seu sindicato, serão processados judicialmente por Serra & Asseclas “por usarem a greve com fins eleitorais”. Mas é claro que existe, não exatamente “um fim” (apoiar outro candidato), como querem Serra & Asseclas, antes um “oportunismo eleitoral normalíssimo” – você não usaria se estivesse na pele deles? – cujo objetivo óbvio seria obter um aumento do agora ex-governador. Ou seja, descer o cacete nos manifestantes e depois processá-los judicialmente, este é o modus operandi exemplar dum candidato a presidente que, em ano eleitoral, até por razões estratégicas, deveria mostrar sua face mais amável?
Então como será – parafraseando o título dum texto de Ivan Ângelo – sua face horrível?

Texto da escritora paulistana Márcia Denser
Fonte: Blog Viomundo