domingo, 28 de fevereiro de 2010

AS PLACAS SE MOVEM: DILMA JÁ EMPATA COM SERRA

 

O Mundo e a América Latina, em especial, se entristecem com as notícias sobre mais um terremoto arrasador - dessa vez no Chile.
Passei o sábado numa reunião, para criar uma associação de empresários e empreendedores de comunicação de linha progressista. Dentro da sala, num hotel paulistano, vez por outra aparecia alguém com mais notícias tristes sobre o terremoto. Tecnicamente, já sabemos o que se passou: placas tectônicas se chocaram, bem perto da costa chilena, o que pode provocar também tsunamis em todo o Pacífico.
No fim da tarde, outras placas se moveram - mas dessa vez na política brasileira. Na sala onde eu estava, chegaram os números da nova pesquisa DataFolha: Dilma colou em Serra.

A "FolhaOnline", até tarde da noite, ainda escondia os detalhes da pesquisa. A idéia é forçar o povo a comprar o jornal. Ok. Gastei meus 4 reais. E tenho aqui o diário impresso.
Os números são avassaladores.
No cenário mais provável, a situação é a seguinte: Serra 32% (contra 37% em dezembro), Dilma 28% (23% em dezembro), Ciro 12% (13% em dezembro) e Marina 8% (tinha os mesmos 8% em dezembro).

A manchete do jornal destaca esse quadro: "Dilma cresce e já encosta em Serra".

Ok. Está correto.
Mas, quando digo que os números são avassaladores, refiro-me a outras variáveis. Vejamos...
1) Rejeição - Serra é agora o mais rejeitado: 25% não votariam nele de jeito nenhum, contra 19% em dezembro.
2) Voto espontâneo - Dilma está em primeiro lugar, com 10%; com os mesmos 10% aparece... Lula! Serra é apenas o terceiro, com 7%; em quarto aparece o "candidato de Lula", com 4%, em quinto está Aécio, com 1%.
Reparem que a soma de Lula/Dilma/"candidato de Lula" alcança 24%, contra 8% de Serra/Aécio.
3) Transferência de Voto - 42% dizem que votariam num candidato apoiado por Lula; 26% dizem que "talvez" votariam em quem Lula indicar; e só 22% afirmam que "não" votariam no candidato de Lula.
4) Conhecimento do candidato - Serra é conhecido por 96%, Dilma é conhecida por 86%.
Resumo da ópera: há uma avenida aberta para que Dilma siga a crescer.
À medida que ela se torne mais conhecida, a tendência é que a intenção de voto em Dilma se aproxime dos 42% - que é o total de eleitores inclinados a escolher um candidato indicado por Lula.

A "Folha" escolheu não brigar com os números. Com uma exceção: o jornal diz que "é impreciso dizer que o levantamento indica um empate estatístico". Êpa. Aí, não. Estamos, sim, diante de um "empate técnico", no limite da margem de erro.
Mas isso é detalhe. O que importa é a tendência, anotada também na simulação de segundo turno: a diferença entre Serra e Dilma desapareceu: Serra tem 45%, Dilma tem 41%. Em dezembro, a vantagem de Serra era de 15 pontos. Agora, evaporou.
Diante disso, a colunista Eliane Cantanhêde parece desesperada. Na página 2 do jornal, ela escreve o texto "Ou vai ou Racha", com destaque para a seguinte pérola: "a eleição atingiu o ponto ideal para a definição de Aécio Neves: sempre se soube, mas nunca tinha ficado tão evidente o quanto sua candidatura a vice é fundamental para a oposição".
"Ponto ideal" pra quem, cara pálida? Cantanhêde quer empurrar Aécio pro fogo. Quer que ele perca agarrado a Serra.
Vamos raciocinar friamente. Se Aécio aceitar ser vice, e Serra perder (o que parece provável, dado que a soma dos votos espontâneos nos dois fica em um terço do total de votos espontâneos para Dilma+Lula+candidato do PT), o mineiro perde junto. Se Aécio aceitar a vice, e Serra ganhar, Aécio vira sócio minoritário da vitória.
Os jornalistas serristas, depois de espalhar por aí que Aécio bate na namorada e tem hábitos pouco ortodoxos, agora querem a ajuda do mineiro para salvar Serra.

por Rodrigo Vianna, No Blog: Brasil Nova Era.


sábado, 27 de fevereiro de 2010

A DECADÊNCIA DO PEFELÊ

 
O Partido da Frente Liberal surgiu em 1985, de uma dissidência do então Partido Democrático Social (PDS), na linhagem direta da antiga ARENA, braço civil do regime militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Composto, basicamente, por lideranças de oligarquias regionais, o partido foi fundamental na formação da Aliança Democrática, composição feita com o PMDB para dar a vitória ao oposicionista Tancredo Neves sobre Paulo Maluf no Colégio Eleitoral.
 
Acostumado ao poder, o PFL governou com José Sarney, apoiou Fernando Collor de Mello e compôs, com Marco Maciel, a chapa vitoriosa de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1994 e 1998. Só foi apeado do governo federal com a chegada de Lula à presidência da República, em 2003. Entre suas principais lideranças estiveram importantes figuras políticas regionais da História recente do país, como Antônio Carlos
Magalhães, Jorge Bornhausen, Aureliano Chaves e o próprio Maciel.
 
A prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e a cassação, em primeira instância, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, constituem-se em mais dois turbulentos capítulos na história do partido. O PFL vem sofrendo um lento processo de decadência nos últimos anos, agora acelerado pelos dois episódios. Desde pelo menos o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, essa tendência já se
vislumbrava e intensificou-se com a ida do partido para a oposição, após a vitória de Lula e do PT nas eleições de 2002.
 
Ao longo de sua história, o PFL caracterizou-se como um partido unido em torno de interesses relativamente comuns às suas várias facções regionais. Mais ou menos aos moldes do PMDB, o PFL constituiu-se como uma federação de caciques políticos locais, que nunca lograram êxito em construir, com chances reais, um projeto unificado para disputar a presidência da República. Desta forma, desde a sua fundação a legenda
gravitou em torno de partidos mais competitivos em nível nacional. De fato, além das afinidades ideológicas, o cimento que uniu as lideranças que compunham o PFL foi a possibilidade de participar, em aliança com outras forças políticas, do governo federal.
 
É notório que a oposição encolheu nos anos Lula, e o PFL parece ter sido a maior vítima deste processo. O partido tem perdido tradicionais redutos eleitorais, sobretudo na região Nordeste, seu berço político, e embora ainda conte com uma expressiva bancada no Senado Federal, vê sua participação na Câmara dos Deputados diminuir a cada eleição. Em 1998, ainda no governo federal, a agremiação elegeu 105 deputados federais. Quatro anos mais tarde, foram 84. Em 2006, o partido elegeu 65 deputados federais e apenas um governador, e conta atualmente com 56 deputados, tendo sofrido, desde 2002, algumas baixas por conta da migração de parte de sua bancada para legendas da base de apoio do governo Lula.
 
Diversas são as razões para explicar o encolhimento do PFL. Em primeiro lugar é importante ressaltar as transformações vividas pela sociedade brasileira nas três últimas décadas. É fato que os padrões clientelistas que caracterizavam as antigas relações das oligarquias políticas locais com seus respectivos eleitorados estão sendo superados, ou ao menos minorados, dado que os anseios do eleitor têm se deslocado, crescentemente, para algo além da satisfação das necessidades materiais mais imediatas, fenômeno que tem tido profundo impacto sobre lideranças políticas locais que atuavam sob aqueles antigos padrões.
 
Em segundo lugar é importante notar que os dois partidos mais competitivos no cenário nacional, PT e PSDB, ambos de origem fortemente urbana e ancorados nos setores mais modernos da sociedade, enraizaram-se nos chamados grotões, tanto com Fernando Henrique quanto com Lula. A chegada destas legendas aos pequenos municípios do interior do país, muitos dos quais onde o PFL transitava com maior desenvoltura, comprimiu o espaço tradicional do partido no mercado eleitoral. Uma terceira razão explicativa é que o rol de amplos e capilarizados programas sociais, sobretudo nas regiões mais pobres do país, também tem contribuído para o declínio político e eleitoral de algumas das principais oligarquias regionais, especialmente aquelas tradicionalmente abrigadas no PFL.
 
Em quarto lugar ressalte-se a histórica debilidade da agremiação no Centro-Sul, especialmente nas grandes metrópoles, onde na maioria das vezes o partido conseguiu constituir-se, apenas, como a quarta ou quinta força política. Como se sabe, o PFL chegou em 2004 ao comando da cidade do Rio de Janeiro muito mais por conta do carisma pessoal que tinha à época o ex-prefeito César Maia do que por ocasião da força política local do partido, e conquistou a prefeitura de São Paulo há dois anos por ocasião das razões que motivam as ambições do governador José Serra em relação à presidência da República e de sua providencial aliança, no pleito municipal de 2008, com Orestes Quércia, do PMDB.
 
Apesar da existência de uma significativa parcela conservadora no eleitorado paulistano, é bastante provável que o PFL jamais conquistasse sozinho o comando da maior cidade do país. Associado ainda à crônica debilidade política e eleitoral do PFL no Centro-Sul do país está o fato de que seu parceiro preferencial, o PSDB, sempre contou com maior trânsito junto aos setores mais dinâmicos da economia, como o sistema financeiro, crescentemente globalizado, e a indústria paulista.
 
O destino também não foi muito sorridente para o PFL. Para além das grandes transformações políticas e sociais ocorridas no país desde meados dos anos 1980, alguns fatos específicos constituíram-se como duros golpes para o partido, como a morte prematura do deputado Luís Eduardo Magalhães, em 1998; a renúncia de ACM ao cargo de senador em 2001, após um prolongado processo de desgaste junto à opinião pública por conta da crise da adulteração do painel do Senado; a erosão, em 2002, da então ascendente candidatura presidencial de Roseana Sarney depois da apreensão, pela Polícia Federal, de R$ 1,34 milhão em dinheiro na sede da empresa Lunus, pertencente à senadora e a seu marido; assim como o fim melancólico do governo de Jaime Lerner, no Paraná, também em 2002.
 
Além de todos os fatos mencionados, lembre-se que o tempo passou e o velho pefelê, de fato, envelheceu. Gente como Bornhausen, Maciel, Roberto Magalhães, Hugo Napoleão e tantos outros têm perdido espaço para lideranças políticas mais jovens em seus respectivos estados. A tentativa de refundação do partido ocorreu em março de 2007, com a mudança do nome para Democratas e a iniciativa de transferir o comando da legenda, gradualmente, para lideranças jovens como Rodrigo Maia e ACM Neto.
 
Nem bem o processo se concluiu e sobreveio a crise econômica do subprime, que tem provocado importante mudança no pêndulo ideológico sobre o papel do Estado na economia, a qual bate de frente com os ideais liberalizantes de partidos de centro-direita no mundo todo, DEM incluído. Para piorar, mal a crise econômica começou a dar sinais de estar sendo superada, pelo menos no Brasil, e vieram à tona os casos de Arruda e Kassab. Como diria o velho Magalhães Pinto, político mineiro com grande proximidade ideológica com o PFL, política é como nuvem, muda a toda hora. Mas, pelo que se avizinha daqui até as urnas, em outubro, é provável que o processo de decadência do DEM só tenda a se acentuar.

Texto Escrito por *Vagner Iglecias no CORREIO da CIDADANIA
* Doutor em Sociologia e Professor do Curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.

LICENÇA RETRIBUIÇÃO, UM AVANÇO TRABALHISTA

 

Tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Projeto de Lei 6.138/09, de autoria do Deputado Federal Iran Barbosa (PT-SE) que cria o direito dos trabalhadores a Licença Retribuição. Tem direito a essa Licença, os trabalhadores que trabalharem, na mesma empresa, por cinco anos consecutivos.

A Licença Retribuição corresponde ao direito que os trabalhadores terão a mais um mês de folga no ano a cada cinco anos. Caso queira, os trabalhadores podem negociar com as empresas o pagamento de um 14° Salário. O que motivou a apresentação desse projeto pelo Deputado foi o fato dos trabalhadores receberem seus salários por trinta dias trabalhados. Entretanto, sete meses do ano são de trinta e um dias. Esse fato faz com que os trabalhadores percam sete dias de trabalho durante cada ano.

O Projeto visa corrigir esse erro e fazer com que os trabalhadores sejam compensados a cada cinco anos ou com um mês de folga ou com um 14° salário sem prejuízo na remuneração. O projeto, antes de ir ao Plenário passará pelas Comissões de Constituição e Justiça, de Trabalho, e de Administração e Serviço Público.

A medida do Deputado Iran Barbosa é um grande avanço para os trabalhadores de todo país. O deputado mostra, com ações desse tipo, que temos no Congresso Nacional políticos, de fato, preocupados com os trabalhadores. São com atitudes assim, que podemos diferenciar quem é quem no cenário político.

Em épocas de campanhas eleitorais, que estão chegando, todos, no discurso defendem os trabalhadores e querem gerar emprego. Mas quando ganham as eleições, cada um vai atender os interesses dos grupos empresariais que ajudaram a financiar as campanhas. Somente aqueles que foram eleitos a partir de mobilização dos trabalhadores para elegê-lo são quem manterá firme a defesa da Classe Trabalhadora.

O Deputado Iran Barbosa é um exemplo de que somente com os trabalhadores mobilizados e votando em quem os defende, de fato, é que teremos outras relações dos políticos com o povo nesse país.

O Deputado Iran Barbosa tem tido postura firma na defesa da Redução da Jornada de Trabalho de 44h para 40h semanais, sem redução de salários; contra a transposição do Rio São Francisco; Contra a construção de Usina Nuclear em Sergipe e no Brasil; Pela paridade salarial do reajuste dos salários dos trabalhadores ativos e aposentados; Defesa do Piso salarial dos Professores; Defesa da Gestão Democráticas das Escolas Públicas entre outras ações de interesses dos trabalhadores. É um deputado que, de fato, honra o Partido dos trabalhadores.

TEXTO Extraído do Blog do Roberto.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

PROFESSORES DE RIBEIRÓPOLIS REJEITAM PROPOSTA DA PREFEITURA.


EM ASSEMBLEIA REALIZADA NA MANHÃ DE HOJE, OS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL REJEITARAM A PROPOSTA DO GOVERNO UÍTA BARRETO PARA IMPLANTAÇÃO DO PISO SALARIAL E ADEQUAÇÃO DO PLANO DE CARREIRA, POIS, O REFERIDO PROJETO, SIMPLESMENTE DESVALORIZA A CARREIRA DOS EDUCADORES DE RIBEIRÓPOLIS. PARA O LEITOR TER UMA IDÉIA, UM PROFESSOR COM FORMAÇÃO DE ENSINO MÉDIO (ANTIGO 2º GRAU), APÓS PASSAR 5 ANOS EM UMA FACULDADE, COM TODO TRABALHO E INVESTIMENTOS EM SUA VIDA PROFISSIONAL PASSARIA A ACRESCENTAR APENAS 6% EM SEU CONTRA-CHEQUE. AINDA DENTRO DESTA PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO, A REGÊNCIA DOS PROFESSORES CAIRIA DE 50% PARA 8%. ALÉM DISTO, A CATEGORIA FICOU REVOLTADA PELO TRATAMENTO DADO PELA PREFEITURA AOS CARGOS DE COMISSÃO, MANTENDO TODAS AS GRATIFICAÇÕES, OU SEJA, REDUZIU APENAS A CARREIRA DOS PROFESSORES SEM MEXER NAS GRATIFICAÇÕES DOS CARGOS, MANTIDOS  POR INDICAÇÃO POLÍTICO-PARTIDÁRIA. OS DOCENTES RIBEIROPOLENSES COMPREENDEM QUE A SITUAÇÃO FINANCEIRA NÃO É DAS MELHORES, PORÉM NÃO ACEITA QUE LHES SEJA IMPUTADO A RESPONSABILIDADE PELOS PROBLEMAS DE UMA REDE DE ENSINO QUE POR LONGOS ANOS “ESTEVE” COMPLETAMENTE DESESTRUTURADA E INADEQUADA PARA AS MUDANÇAS QUE ESTÃO OCORRENDO.
DIANTE DISTO, A CATEGORIA, ALÉM DE REJEITAR A PROPOSTA MUNICIPAL DETERMINOU À COMISSÃO DE BASE DO SINTESE QUE SOLICITASSE UMA AUDIÊNCIA COM A SENHORA PREFEITA UÍTA BARRETO E SECRETARIADO PARA QUE POSSA LHES APRESENTAR UMA NOVA PROPOSTA, VOTADA POR UNANIMIDADE PELOS EDUCADORES PRESENTES, COM O INTUÍTO DE RESOLVER O IMPASSE.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

APOSENTADORIA ESPECIAL DE SERVIDOR PÚBLICO SERÁ REGULAMENTADA

Depois de anos de disputas entre a Previdência Social, que defendia uma regulamentação restritiva, a Casa Civil e o Planejamento, que advogavam a extensão das mesmas regras do INSS para os servidores, finalmente serão enviados ao Congresso os projetos de lei complementar para disciplinar o direito à aposentadoria especial do servidor público, nos três níveis de Governo: União, estados e municípios. Os projetos, os dois de lei complementar, destinam-se a regulamentar os incisos de I a III do Parágrafo 4º do Artigo 40 da Constituição.
Um artigo cuidará dos servidores que exercem atividades de risco, especialmente as polícias, e o outro disciplinará a aposentadoria dos servidores que desenvolvem atividades sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. No regime geral, a cargo do INSS, essa matéria está disciplinada nos artigos 57 e 58 da Lei 8.213, de 24 de junho de 1991, que "Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social". O tempo de serviço exigido para aposentadoria em condições especiais pode ser de 15, 20 ou 25 anos de trabalho, conforme o caso.
Sem exigência de idade mínima -
Segundo os projetos, os servidores que preencherem os requisitos de tempo no cargo e de tempo no serviço público, desde que exerçam todo o período em atividade considerada de risco ou prejudicial à saúde ou à integridade física, fará jus à aposentadoria especial, sem exigência de idade mínima. Aqueles que não comprovarem todo o período exercido sob condições especiais poderão transformar o tempo especial em tempo comum, com o acréscimo previsto na legislação, para efeito de aposentadoria normal. Nesta hipótese, entretanto, estará sujeito à idade mínima.
Grande vitória
- Trata-se de uma grande vitória, afinal, essa situação vinha se arrastando há décadas, desde a promulgação da Constituição de 1988. E só será regulamentada porque os tribunais começaram a deferir mandado de injunção reconhecendo o direito à aposentadoria especial a esses servidores, daí a AGU, ainda na gestão do ex-ministro José Antônio Dias Toffoli, ter cobrado formalmente do Governo a regulamentação da matéria. Realmente, a regulamentação é necessária e oportuna, e corrigirá uma grande injustiça com os trabalhadores do serviço público, que são expostos a riscos ou agentes nocivos à saúde, os quais são punidos pelo simples fato de terem como empregador a Administração Pública.
Um operador de "raio-x" do setor privado, por exemplo, aposenta-se após 25 anos de serviço, mas no serviço público o trabalhador na mesma atividade é obrigado a trabalhar 35anos, como se o fato de ser servidor público lhe desse imunidade às substâncias radioativas. Para que se tomasse a iniciativa foi necessário que alguém no Governo, no caso o advogado geral da União, levantasse as situações em que o erário tem perdido ações para corrigir as lacunas e omissões que levam a tais condenações, e houvesse a cobrança efetiva da Casa Civil, que coordena as ações do Governo, sobre os ministérios da Previdência Social, e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Que os projetos cheguem ao Congresso em breve e, este, que por vício de iniciativa não podia regulamentar a matéria, dê sua contribuição, votando conclusivamente essas proposições ainda no primeiro semestre de 2010, antes do pleito de 3 de outubro próximo.


Fonte: Fenajufe

Texto enviado por:
JORGE CORREIA DANTAS
jorgecorreiadanta@gmail.com

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A AGONIA DOS PROFESSORES DE ITABAIANA-SE

CARTA AOS PAIS DE ITABAIANA-SE

Senhores pais,
Nós, professores e professoras que todos os anos ensinamos aos seus filhos, estamos vivendo momentos difíceis em Itabaiana.
Ao longo dos anos, sempre com muita luta, os professores conquistaram direitos que estão em duas leis chamadas Plano de Carreira e Estatuto do Magistério.
Hoje, lutamos pela Implantação do Piso Salarial dos professores, que é uma lei federal e tem como objetivo valorizar os salários dos professores.
O que ocorre em Itabaiana é que a prefeitura municipal, com a desculpa de pagar esse piso que é lei e é nosso direito quer retirar outros direitos que nós conquistamos ao longo dos anos, como por exemplo: a regência de classe, a titulação; querem modificar nosso plano de carreira e estatuto.
Imaginem senhores que é como se tivéssemos precisado lutar para garantir o direito de comer, beber, se vestir, agora o governo através de uma lei federal nos garante o resultado de uma grande luta, o piso salarial, é como se nos garantisse o direito ao respeito, e a prefeitura dissesse que para termos este último teríamos de deixar de comer, por exemplo.
“Você pode até ser respeitado, mas para isso vai ter que deixar de comer...” – tal é a situação dos trabalhadores educadores de Itabaiana.
O mais revoltante é que o município, que não oferece uma educação de qualidade para seus filhos, nem condições para efetuá-la, agora quer avaliar professor para exonerar, demitir. É como se o professor fizesse uma prova com seus filhos sem antes ter explicado a matéria, e no final reprovasse o aluno.
Você que tem filhos nas escolas municipais sabe o esforço dos professores para que seus filhos aprendam e tenham um bom futuro.
Lutamos para que seu filhos tenham transporte, merenda, carteiras, reformas de escolas, material para estudar. E agora estamos ameaçados de perdermos nossos direitos.
Somos ameaçados e vivemos momentos de terror.
Vamos lutar com todas as nossas forças, só pararemos as aulas como último recurso, porém nos comprometemos a repor e não prejudicaremos nenhum de nossos alunos.
Esperamos a compreensão e apoio de todos.
  
CAROL
(Jornalista do SINTESE)  

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CIRURGIA DE LIPOASPIRAÇÃO?

 

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas.
Mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipos e muito mais piração? Uma coisa é saúde outra é obsessão.

O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto-imagem.
Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção.
Roubar pode; envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.  A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza.

Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo.
Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas...

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde.
Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.
'Cuide bem do seu amor, seja ele quem for'.

Herbert Vianna,  (compositor e cantor)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ ALDO BARRETO

 
Colégio Estadual José Aldo Barreto

Quem viveu em Ribeirópolis entre os anos de 1969 e 1996, com certeza conheceu o nome do educador ribeiropolitano José Aldo Barreto, ele esteve à frente do então Colégio Cenecista João XXIII.

E muitos dos educadores atuais ou trabalharam com ele ou foram alunos dele; foram três décadas em que ele esteve à frente de uma das principais instituições de ensino de Ribeirópolis e o seu nome às vezes ficava acima da instituição por ele dirigida, quantas vezes a população ribeiropolitana não chamou o cenecista de colégio de Zé Aldo? Era o verdadeiro mito da criatura que se funde ao seu criador; Quantos desfiles de sete de setembro não foram conduzidos por ele, e eram desfiles que a população se amontoava nas calçadas para ver o cenecista João XXIII, com sua banda e seu lema positivista (ONTEM, HOJE, SEMPRE BRASIL) tendo a frente o seu grande comandante Zé Aldo.


Esses foram tempos memoráveis, de uma Riberópolis que esta na lembrança de muitos cidadãos, educadores ou não; de uma instituição e seu comandante que escreveram uma importante página na história dessa cidade. Durante três décadas, o velho cenecista prestou uma grande contribuição à sociedade ribeiropolitana, e grandes nomes saíram de suas fileiras para o mundo. Com certeza poderíamos descrever páginas inteiras de artigos, e mesmo assim, não seria possível enumerar nem uma pequena parte da importância dessa importante instituição e de seu grande comandante.
Mas porque enaltecer tanto esse nome que a sociedade inteira já conhece? Por que precisamos fazer a defesa de alguém cujos feitos já falam por si? Defende-se tanto o nome de José Aldo Barreto, não é sem um objetivo aparente; e todo esse entusiasmo deve-se ao fato de que desde o resgate dos desfiles cívicos, ocorrido em 2008, por ocasião dos quarenta anos do João XXIII, que o nome de Zé Aldo voltou a ser enfatizado, e o desfile alem de encantar toda a sociedade, falou por si próprio. Nessa época, Zé Aldo ainda estava no nosso convívio e devido ao seu estado de saúde não pode desfrutar de uma justa homenagem que a instituição havia lhe preparado na véspera do desfile. Mas o desfile ocorreu, e todos perceberam que ali não era uma simples comemoração, e sim um resgate histórico dos grandes eventos que marcaram toda uma geração.
Pois bem, se um resgate havia sido feito, faltava ainda algo que não estava completo, e o ano de 2009 estampou ainda mais a lacuna que já existia, o desfile cívico de setembro desse ano estava um tanto quanto pesaroso e vazio, e o discurso da professora Rosângela Santana acende uma faísca que pode amenizar a lacuna mencionada, por que o nome de José Aldo Barreto não poderia estar frente da instituição que era a sua cara? Por que o nome desse grande educador em uma justa homenagem não poderia substituir o nome atual? Confesso que mesmo de longe me emocionei com essa possibilidade, pois dessa maneira acabaria a lacuna que o ano de 2009 nos legou, e como diz o título desse artigo, todos perceberiam que seria apenas inserida a palavra estadual, pois o resto à população já pronunciava desde os anos 70 do século XX.
Portanto, essa é a minha defesa para que o nome de José Aldo Barreto seja de fato e de direito o nome da instituição que ele tanto se dedicou, e a geração de 68 estaria outra vez fazendo história, o velho prédio da Rua Carlos Firpo, hoje transformado em modernas instalações, pode não existir mais, porem, o novo estaria resgatando o antigo, e a sociedade ribeiropolitana estaria promovendo um resgate não mais de eventos e sim de um nome que dedicou sua vida a educação de uma geração inteira na mesma instituição que agora poderá estampar o seu nome.

João Bosco Santos
Profº de História Do Colégio Estadual "João XXIII" e do Colégio Municipal Leniza Menezes de Jesus.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

2010 E APRIMEIRA TURMA DO ENSINO MÉDIO DO CEAB

 

Pode parecer corriqueiro para muitos, ou sem significado aparente para outros, mas, a primeira turma do ensino médio do Colégio Estadual Abdias Bezerra, terá um significado muito maior do que eles próprios imaginam. O ano de 2010 será o primeiro de uma série de formaturas de ensino médio dessa instituição que há mais de cinqüenta anos forma cidadãos em Ribeirópolis.
Mas, por que essa turma torna-se especial? Porque afirmo tal coisa? Sem dúvida essa turma culmina sua participação no ensino básico de Ribeirópolis num ano atípico, em que algumas mudanças estão sendo feitas e nós educadores estamos nos adaptando às novas regras constitucionais que cedo ou tarde chegariam a nossa cidade. Desde o lançamento do PDE no auditório da UFS em Itabaiana em 2007, que já se prenunciava que algo novo estava para surgir no horizonte ribeiropolitano, a chegada do ensino médio no CEAB, coincidiu com uma luta histórica de alguns abnegados professores de retirar o ensino médio da rede municipal, por razões que já debatemos; aquele abaixo assinado dos alunos da oitava série se transformou num documento histórico, com um significado que poucos perceberam naquele momento.
Portanto, esse ano sem dúvida será um ano de muito simbolismo para a educação da nossa cidade, e um dos símbolos será a turma do terceiro ano do CEAB; não sei se aquele abaixo assinado ainda existe, se existe deveria ser preservado entre os documentos históricos do colégio, porque daqui há alguns anos a história lhes fará justiça, podem anotar.

JOÃO BOSCO SANTOS
PROFº DE HISTÓRIA NOS COLÉGIOS JOÃO XXIII E LENIZA MENEZES.